sábado, 29 de janeiro de 2011

MORTINHA POR APAGAR ...



Hoje faço luto pela morte antecipada do que queria dizer em voz alta. Choro pelas conversas que perderam a oportunidade de acontecer. Há tanto para calar ou contar! Palavras registadas no óbito, sem certidão, mascaradas de nexo.
À laia de brinde estilhaço o flute sem champanhe, dispo o papel de cetim e embrulho-me em papel pardo, tendo o cuidado de dispensar o laço.
Hoje quero-me burraaa!!! Nem sempre me apetece ser inteligente, interessante, sensata, simpática, … a sensualidade tenho-a na alma que sento na sombra do pecado. Mas só hoje!
Da minha silhueta resta só a fotocópia. As palavras já não têm o teu nome, os sussurros ofegantes também não. Que se degrade o intelecto, tenho perguntas para arrumar.

Alta, elegante, vestida de preto, pareces um risco na paisagem!

É um risco que quero parecer, para depois apagar …

Não digas nada!