segunda-feira, 13 de junho de 2011

MORTINHA POR PARTIR ...

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Apertei os sapatos em ritmo de Adeus. Parto em passo planado, com o sol em poente, reivindico uma gaivota como complemento de paisagem. Só depois me afasto, sem carácter de urgência. 
Vestida de preto, com salpicos de silêncio e um apontamento a designar, levo nas mãos acenos gastos à força de tanto serem usados. Remeto-as à inercia! 
Pela primeira vez não olho para trás num gesto póstumo. 
Há "nós" e laços, há agora um projecto de consciência em ruína. 

Atirei, como uma noiva, um ramo de crisantemos. Lamento imenso se alguém o apanhou...
 

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