Não sei se compareci... se desapareci. Não sei muito bem de mim! Estou por aí e por aqui em parte alheia... não sei se me perdi... sinto que não estou aí, que queria que estivesses aqui e me esperasses e me dissesses as palavras que escuto aqui... num silencio que não ouvi.
E se me esperares aí eu gosto, se me esperares aqui eu quero e ter-te comigo também... dizermos olá a este limite que não conheço... onde me perco ou desapareço …
para me voltar a encontrar e vir ao encontro de ti... porque estejas onde estiveres, estás sempre no lado de lá de aí...
Ainda é tão cedo e eu tão atrasada! Confirmo as estrelas através da janela de um luar qualquer. E eu estou tão alto e as estrelas estão mais alto, olho para baixo e vejo estrelas também, chamam-lhes luzes, mas são estrelas... só porque eu quero, só porque gosto e a elas lhes apetece também, porque as estrelas têm gosto e gostam de mim porque eu sei!
Tenho de ir e imaginar-te à minha espera numa estação de comboios a definir, só para me dares um abraço...sem dizer nada... só para me veres chegar e eu ter a ilusão de que não me queres ver partir... até porque eu também não quero ir...
Mas vou, depois regresso, não sei se a horas de mim!
Estou de saída ou de partida, a mala feita anuncia... não sei se saia se parta...sei que quero regressar... não sei é para onde dirigir o regresso...se para o sítio para onde vou, se para o sítio de onde parto... Não sei, se sei, muito bem onde estou,... muito menos para onde vou...
Chove lá fora baixinho... quero chover também!
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Não sei se parta se vá... quem me ajuda a decidir... Tenho um desejo … Se eu pudesse, simplesmente, ficar a ver-me partir...
E tu no lado de lá…
Darei notícias de mim, do regresso em suspenso. Darei o beijo que não te dei... e os que ficaram por dar.
Levo comigo o que é meu... o abraço que me deste... e que eternizei em mim... Inventei-te numa estação... e é para lá que eu vou...
Gosto, assim, em doses suaves, de sítios, … pessoas,... … luares e algures; de ti... inventado por mim!
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