sexta-feira, 1 de outubro de 2010

MORTINHA POR PROSSEGUIR ...


 



Três meses foram quanto durou a magia da tua ausência.
Eu sei que não é fácil resistir à tentação de me resistir. Mas há sempre que ter o cuidado de não vulgarizar uma situação por dá cá aquela palha.
E agora que faço contigo se não te quero! - E para que te quereria se não ficou nada por dar ou receber? – Acabámos e até acabamos bem! Fizemos amor, jantámos e despedimo-nos com um beijo. Isso é acabar bem! Agora o que faço contigo se não me apetece sequer ver, ouvir-te, saber que existes. Não me maces, eu sou bem resolvida. Achei lindo teres aparecido do nada e teres desaparecido no nada. Todos os nossos momentos foram bons. Não bastou para ti. Tens de me ouvir dizer que não quero mais nada contigo. Ridículo, ridículo e banal. Só espero que não te atires para o chão a espernear enquanto gritas, não me deixes, não me deixes. Seria o cúmulo. Mas com a desilusão do teu reaparecimento já espero tudo.
Todos somos descartáveis, eu própria! Temos de saber lidar com esse estatuto. Sermos receptivos a emoções novas.
Deus me livre projectar-me numa pessoa para todo o sempre. Eu quero andar de nenúfar em nenúfar, tendo sempre o cuidado de não o ver murchar. Mais tarde, se por acaso o recordar, é uma imagem bonita que ficou retida.
Fazer amor, jantar à luz das velas, um beijo na despedida…
Isso é acabar bem! Não me maces, meu amor …

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